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domingo, 6 de dezembro de 2015

Prós e contras de cruzar cães


Prós e contras de cruzar cães


É bastante comum encontrarmos pessoas que são apaixonadas por uma determinada raça de cães, e querem ver os filhotinhos dos seus pets. O assunto, entretanto, sempre envolveu uma grande polêmica que ficou ainda mais intensa com o aumento da população de cães nas ruas. Infelizmente, ainda hoje muitas pessoas ainda desejam cruzar os cães, recusando-se, inclusive, a castrá-los. Nesse artigo, resolvemos separar motivos prós e contras o cruzamento de cães para esclarecer as dúvidas.

Contras

1.    Seguir a linhagem

Na verdade essa coisa toda de seguir a linhagem, apesar de ser o principal motivo, não tem muita lógica. É claro que não é difícil entender porque alguém deseja ter um pet parecido depois que chegar a hora do amado cãozinho partir. Ele, para você, deve ser o mehor cão do mundo, não é mesmo? Pois é. Mas ao cruzar o cão, a ninhada virá com entre 6 e 8 cães, podendo vir até mais. Você vai ficar com um, mas e os outros?
A população canina está muito grande nos dias atuais, e só vem crescendo com a falta da castração e o abandono de cães que ficam à mercê da sorte nas ruas. Com isso, a quantidade de cães que estão em abrigos é ainda maior a cada dia, e a adoção, apesar de dar resultados, ainda é muito baixa para a quantidade de cães abandonados.
Não estamos falando que você vai abandonar os filhotes, mas nem sempre conseguimos doar ou vender os pets para pessoas que realmente se comprometem com o bem-estar deles como nós. Além disso, vender filhotes de cães é crime, a criação deve ser regulamentada em canis autorizados, e é bastante comum filhotinhos nascerem deficientes. 




O parto também oferece risco à cadela.


Além de tudo isso, você pode ficar frustrado, já que o cão filhote pode não vir nem um pouco parecido física e psicologicamente com o seu cãozinho. Não adianta esperar que o novo cão seja como o antigo, pois as chances disso acontecer são as mesmas de que se você adotar um cão que não é filhote do seu.
2.    Cachorro macho precisa cruzar... A fêmea só pode castrar depois da primeira cria
Tudo mentira, gente, eu juro. O cachorro macho não precisa cruzar para se acalmar nem nada do tipo. Na verdade a reação é bem contrária. Na natureza, o cão vai cruzar várias vezes, mas quando temos um cão em meio urbano, vai ser levado para cruzar uma vez ou outra, o que pode desencadear uma produção hormonal que o deixará mais agitado. O que acalma o cachorro, na verdade, é a castração. Além disso, o procedimento ajuda ainda a reduzir o comportamento de demarcação e a briga por território.
A castração evita ainda que os cães fujam para cruzar quando o cheiro os atrai, além de evitar a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis, como é o caso da epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, entre outras. É possível prevenir ainda outras doenças com a castração, como diversos tipos de câncer, tanto nas fêmeas como nos machos.




3.    Meus amigos vão ficar com os filhotes

Não conte com isso. Na hora de planejar, todo mundo fala que quer um filhotinho quando o seu der cria, pois ele é lindo e tudo mais. Mas nem sempre isso é verdade. Isso porque ter um cachorro não é algo realmente simples, não é mesmo? Precisamos gastar tempo, dinheiro e energia, fazer sacrifícios... E muitas pessoas não estão dispostas. Podem até pegar o pet, mas será que realmente vão dar o que ele precisa?

4.    Quer ganhar dinheiro com isso?

Só parece que cruzar cães de raça dá dinheiro, ok? Na verdade, é fácil pensar que filhotes de raça podem render um bom dinheiro. Pugs, por exemplo, são vendidos comumente a R$ 2 mil, e se a ninhada der sete filhotes, já serão R$ 14 mil! Certo? Errado. É claro que a conta tem lógica, mas existem gastos que precisam acontecer para o cruzamento dos cães.
Machos e fêmeas precisam ser vacinados, assim como os filhotes após o nascimento. É preciso dar vermífugo para a fêmea e para os filhotes, e ainda é preciso fazer acompanhamento veterinário durante dois meses para fazer ultras e saber se está tudo ok. Afinal de contas, você não quer por a vida da sua cachorrinha em risco, certo? Vitaminas e suplementos são necessários para a cadela, assim como o parto que, se precisar ser cesárea, vai sair bem caro.
Isso estamos considerando sem emergências, certo? Os filhotes podem precisar de atendimento urgente, assim como a mamãe. Com tudo isso na ponta do lápis, fica meio complicado ter lucros, não é mesmo?



5.    Mitos

Não, o macho não quer ser papai e não vai sofrer se for castrado, e a fêmea não quer ser mamãe e carregar os filhotes. Ao contrário dos humanos, os cães não tem essa necessidade de sexo e nem sentem falta disso, e muito menos querem formar uma família.
Não é preciso ter uma cria para castrar antes. Aliás, quanto antes você castrar o seu cãozinho, menores serão os riscos de desenvolver doenças futuramente.

Prós

Na verdade, bem verdade, é bastante difícil citar prós do cruzamento de cães. Além de não ser algo permitido por lei (criação de “quintal” de cães é crime, assim como a venda dos animais. Os canis que desejam comercializar filhotes devem ficar atentos às leis, lembrando que a exposição de cães em petshops é crime), o cruzamento é algo egoísta, já que a quantidade de filhotes abandonados é bastante grande, e a cachorrinha somente vai sofrer no processo. Desejar ter um cão de raça pode estimular esse comportamento dos canis clandestinos, mas entendemos se você quiser ter um desses cãezinhos. Tenha, no entanto, a responsabilidade de castrar o cão, pois traz muitos benefícios à saúde, além de prevenir crias indesejadas e problemas de saúde.
Se você pensa em ter um descendente do seu cãozinho para quando ele morrer você ter um filhotinho dele para criar, pense melhor: todos os cães, independentemente de raça ou de ser ou não descendente do seu amado pet, vão saber retribuir o seu amor. Então porque não dar chance para aquele pet que foi abandonado e está no abrigo esperando por amor?



Como cruzar os cães corretamente?

Se ainda assim você quer cruzar o seu cãozinho, você deve aprender a forma correta. Antes de mais nada, leve o macho e a fêmea ao veterinário e faça uma série de exames para saber se são portadores de doenças genéticas e se estão saudáveis para passar por esse processo. Isso é importante para que a gestação seja saudável, assim como os filhotes. Essa questão da saúde e da informação com um médico de confiança é bastante importante, ok? Em seguida, você deverá ficar atento ao período fértil da fêmea, que na verdade é um pouco difícil de saber exatamente quando é. Podem ser necessários mais exames.
Esteja ciente de que quanto mais distante geneticamente os dois candidatos à papais forem, melhores são as chances dos bebês serem saudáveis – sem descartar, é claro, as diversas doenças que podem ser decorrentes da carga genética dos pais e da má formação -.
Procure também entrar em acordo com o dono do outro pet sobre quantos filhotes machos e fêmeas vão ficar, para não dar briga depois, certo? Procure avaliar o temperamento do cachorro que não é seu, pois isso pode interferir nos filhotes. É importante também que os cães já se conheçam anteriormente ao momento da cruza, e que a fêmea vá ao território do macho. Deixe os cães sozinhos e sem muita agitação para que possam cruzar e depois descansar.

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